Monday 7 January 2013

Da inquietude do ser


E de algum lugar eis que li, que se o homem em seu escritório, no meio de sua "baia" não consegue manter seu pé sem bater um segundo, daquela anciosidade corriqueira, eis que não conseguirá pois em sua diminuta semana de férias em areias brancas.


Pois bem verdade lhe digo, que esse ser que vos fala, em bons dois dias de férias conseguiu se desvencilhar desse mal costume, tirou de seu ser os prédios cinzentos, o ar sujo de petróleo refinado, sacou da alma toda aquela ganância de quem busca o fim do mundo no fim do mês, por alguns dias deixou de pensar nas contas e seus credores, pensou mais naquele que de alguma forma, criou tudo isso, e sem gravata ou ponto para bater.


Vão se alguns dias até que se deixe de bater o pé incessantemente e deixe que o tempo tome seu rumo, mas depois desses dias, até o ponteiro do relógio parece descansar. Vão se as horas, devagar, mas ficam os dias. Ficam de tal maneira que nos lembramos cada segundo daquilo que descansamos, daquelas horas "perdidas" ao sol, da energia que o astro rei nos devolveu. Em nossa pele a tatuagem de uma cor que só vem depois que relaxamos, que nos entregamos ao dia, quando ouvimos e aceitamos o "carpe diem".


Criticados são os inquietos da nova era, dos check-ins alucinados, das fotos postadas gradativamente de seus bons momentos, dos que não se desligam do virtual, mas confesso que assim como outros, os segundos gastos com o mundo virtual só acontecem quando não há muita coisa lá fora para se fazer, no meio de uma madrugada, num saguão aborrecido de aeroporto, em pequenos minutos que queremos não compartilhar nosso bem-viver, e sim a vontade de estar juntos ali, naquele momento que vale a pena.


Viajar é preciso, descansar é necessário, e o importante é saber que o melhor da vida, a gente faz offline =)

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