Wednesday 8 September 2010

Dubai

País: Emirados Arábes Unidos
Emirado: Dubai
Incorporado (cidade): 9 Junho 1833
Independente do Reino Unido: 2/12/71
População: 2,262,000
Area 4.114 km² 
Moeda: UAE Dirham
PIB: US$37 Bilhões 
Renda per capita: US$44 mil/ano
"Produz de 50,000 à 70,000 barris de óleo por dia"

Com esses dados em mente, não era para eu ter me impressionado ao chegar nesse lugar quente, seco, diferente e rico.

Claro que ao chegar num oásis no deserto é de se esperar temperatura de 35 graus às 6 da manhã, mas já fiquei confuso ao iniciar o vôo com a Emirates onde a classe econômica era mais parecida com a executiva, tvs individuais, todos os filmes que estão no cinema disponíveis, serviço de bordo indescritível (até a comida foi boa! Carneiro ao molho com arroz ao curry e vinho selecionado!).

Surpresa a minha também foi ver no sistema de tv a possibilidade de assistir por uma câmera instalada no bico do avião a decolagem em tempo real, a mesma imagem que o piloto tem, e depois de decolar existe outra embaixo na aeronave que nos permite ver os países pelos quais sobrevoamos, imagina só ter visto Romênia, Turquia e Iraque ?

Enfim, no aeroporto de Dubai vi o que é luxo, cascatas em todo lugar, arquitetura que nem se compara, lojas vendendo ouro e diamantes como se fosse atacado de 1.99 reais !! Vi carros caríssimos sendo descarregados dos aviões e árabes endinheirados passando por todo lado.

Se não fosse tão quente e seco eu até pensaria em morar, mesmo o cafezinho expresso custando 30 euros ;-)

Wednesday 1 September 2010

O dia em que eu saí de casa

Saí de casa era noite ainda, ônibus lotado até o ponto onde tinha de apanhar a conexão pro aeroporto, fui vendo Londres pelos olhos de quem talvez não volte mais, primeiro passou meu bairro, logo passei o pub onde trabalhei alguns anos (e esses anos voaram...), coincidência ou não o ponto da conexão era bem ali do lado, na Bishopsgate em frente a Liverpool Street Station.

Sigo o caminho até o aeroporto de Stanstead, 45 minutos não mais que isso, chego logo faço o check-in, tempo de sobra para ir até o portão de embarque, como combinado o vôo sai no horário (pontualidade britânica ?).

Passei pelos longos minutos de fila pra embarcar no avião, lógico que Ryanair (aquela companhia que é tão barata que já pensa em cobrar pra usar o banheiro durante o vôo), pouca gente, ninguém na poltrona do lado (isso só acontece em vôos que duram 50 minutos), e então o comandante Bryan diz que partirá.

Deixo então o solo britânico rumo à Alemanha, me vem algo como alivio, metade felicidade, metade tristeza, mas não me vem as lágrimas, não dessa vez, talvez por que realmente ali não era minha casa, pelo menos não de verdade em primeiro lugar no meu coração. O sereno deixou os vidros do avião molhados e ao se movimentar aquela água correu lisa em gotas, ali então deveriam ser as minhas lágrimas, talvez fosse Londres tentando me dizer algo, talvez fosse só um saudosismo apressado, não sei.

Cheguei então em Frankfurt, imigração mais que tranqüila, sem perguntas ou firulas, só o estampido de mais um carimbo no passaporte. O dia é bonito, 8 graus com sol (ótimo todavia), mais um ônibus de conexão para o aeroporto principal, o plano será guardar a mochila num locker, pegar o primeiro busão rumo ao centro e ver a vida passar, na Alemanha.

Depois do almoço e de um café tradicionalmente alemão, rumo ao Frankfurt Rhein-Main Airport, de lá serão boas 7 horas de vôo até Dubai, pra então trocar de avião e mais 7 horas até Singapura. Dois dias para chegar à Ásia, nada mal.

So far, so good :-)