Tuesday 27 October 2009

Barcelona, a dama vagabunda


A cidade que é considerada como uma dama por seus habitantes, a qual se deve tratar com doses de carinho e pitadas de desprezo, por definição dos mesmos.Me apaixonei por ela, o que me impede de viver com ela, e ela se apaixonou por mim, abrindo todos os seus segredos de uma só vez.

Não interessa se o que toca nas discos é pop ou música eletrônica, só ouço a guitarra catalã, se nos bares decadentes cospem algo brega, é a guitarra catalã que me vem ao ouvido.

Ela te embriaga e te leva ao monte, sussurra que de cima se vê melhor o seu explendor, sua luz na escuridão, e como promessa cumprida ganho cidade acesa e lua cheia, estrela como bônus.

Barcelona está tão próxima do mar que como marinheiro viejo perco a conta dos dias, caio no feitiço, me perco no calendário e pelas ruas.

Suas tatuagens são de cor forte e viva, seus olhos são azuis, seus lábios rosa e sua pele é queimada pelo sol, dourada por si só, assim como seus cabelos mediterrâneos onde não pode faltar a rosa branca.

Como Gaudí, quase fui atropelado pelas ruas, com tanta beleza por todo lado posso entender facilmente como se caiu encantado e por trágico infortunio por um bondinho foi passado.

Vejo claramente como essa dama conduziu seus exploradores e os fez trazer meio mundo à seus pés no passado, induzindo toda uma população à falar sua língua e doar de mal grado suas riquezas.

Assim como Dickens, comecei à escrever por falta do que ler, para não ficar enjoado de ver o tempo passar, escrevo para o tempo ocupar.
Barcelona tomou me por completo, num café-restaurante me perco entre meu almoço seguido do tradicional capuccino acompanhado de Jazz, unusual and pleasant.

Barcelona torna-se nesse momento em alguém de cabelos amêndoa, olhos levemente puxados e sorriso mais branco que certos azulejos usados por Gaudí.

Ela aproxima-se e pergunta não só o meu desejo para "el almuerzo", mas também o que tanto escrevo.

Tento em meu pobre espanhol explicar à essa Barcelona catalã que mato meu tempo para ele não me matar, alimento minha alma com cafeína para páginas viajar e que de certa forma achei o luxo de no tempo me perder para em seu perfume me encontrar.

Percebo que bulhufas ela entendeu, mas que com tanta paixão à disse, que ao menos um sorriso ganhei...

Se mais dias aqui me quedo, um livro escrevo.
Se mais dias aqui me quedo, tão logo me perco e encontrar-me jámas me quiero, desde que en sus braços, Barcelona.

Pobre Dom Quixote, que pela Espanha sua sanidade perdeu.

1 comment:

  1. já te disse que vc me emociona?
    acredito que não tenha deixado passar essa premissa... não com vc! porque vc não se esquece. vc, aprimora-se. e a cada dia que passa fico mais talentoso em falar de amigos. e amigos especiais, então... ih! pode deixar, senão a seda rasga a solto!
    cris, o carinho e o sentimento que tenho por vc vão além dos guardanapos - que, by the way - adoro! - eles (os sentimentos) conseguem se sobressair e me fazer vagar em alguma dimensão que ainda me é desconhecida. me enebrio com a capacidade que meus verdadeiros amigos têm de me emocionar. vc não fica nem um milímetro atrás dos que convivem comigo diariamente.
    obrigado pela lembrança, pelo carinho, pela amizade, pela paciência e por vc existir.
    tô te esperando!
    fica com deus!

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